São Conrado, Rio de Janeiro | ano: 2014
A fachada da rua garante a privacidade: aberturas controladas por venezianas reguláveis e a porta de entrada, no final de escadas que convergem numa curva recuada, é protegida por uma grande treliça, criando 2 blocos laterais independentes.
Em contraste, a fachada oposta se abre totalmente as grandes estrelas da casa: o campo de golfe adjacente ao terreno e, ao fundo, a Pedra da Gávea. Os 2 blocos independentes se abrem gradativamente, em ângulos distintos, permitindo que as laterais da casa também se abram para a vista. O pano central da casa, mais recuado do que as laterais, explode num pé direito duplo, para que a Pedra seja percebida em toda sua magnitude.
Essa percepção de aberto x fechado e de contração x expansão é uma constante. O hall de entrada baixo, que dá acesso aos diversos ambientes, nos induz à biblioteca – o coração da casa – onde um teto alto, que se inclina ainda mais até alcançar a grande janela, enfatiza a vista da pedra, emoldurada por estantes e escadas que nos levam ao andar de cima, mais privado. Assim como esse espaço que tem o papel duplo de biblioteca e “pátio interno”, varandas de diferentes alturas funcionam como salas, emolduradas por treliças e toldos.
